sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Perspectiva Rio 2016





Um dia desses, após uma atarefada rotina de trabalho, cheguei em casa com um único objetivo, uma boa noite de sono. Mas antes de me atirar na cama, resolvi me informar sobre os acontecimentos em pauta. Uma enxurrada de notícias saltou da minha tela. Eram diversos assuntos com todos os seus desdobramentos e repercussões. Tanta informação desconexa que tornou-se impossível absorvê-las. Foi então que o que antes era apenas um objetivo concretizou-se.

Mal me deitei e um sono profundo se apropriou do meu ser. Derrepente quando me dei conta acordara em plena Avenida Brasil, cujo transito de veículos parecia-me tão calmo, que cheguei a cogitar tratar-se de um feriado. Observei que uma nova pista havia sido construída acima do local, algo que aproximava-se de um viaduto. Não consegui compreender tais mudanças e a agilidade das construções, visto que no dia anterior não havia qualquer menção de obra. Perplexa com a nova estrutura, decidi recorrer aos meios de comunicação.

Notei que as manchetes dos grandes jornais de circulação foram tomadas por um súbito patriotismo, algo incomum no Brasil. Comentava-se sobre a expansão das redes ferroviárias e metroviárias, além da reestruturação da Avenida Brasil. Sem dúvidas tudo estava diferente. Até mesmo a rede Hoteleira, que foi ampliada em 30%.

Pelas ruas da Cidade haviam bandeiras hasteadas e pessoas vestidas com as cores nacionais por toda a parte. Foi então que me percebi inserida no ano de 2016, em plena Olimpíada sediada no Rio. Não consegui conter meus questionamentos, pois na noite anterior me lembro de ter lido qualquer coisa sobre projetos de infra-estrutura ainda em maquetes. Porém, sete anos já haviam se passado e pude constatar inúmeras melhorias à vida urbana.

Em contraponto observei que os postos de trabalho foram ocupados por estrangeiros de diferentes nacionalidades. No entanto, recordo-me que o plano estratégico do evento esportivo previa a criação de cerca de 130 mil novos empregos por ano. Me propus a procurar tais respostas nos jornais. E para meu espanto havia apenas uma nota localizada em uma página de pouco destaque. O colunista esboçava sua opinião, pontuando que em função do investimento de bilhões de dólares apenas nas Olimpíadas, grande fatia da verba para educação foi retirada. Conclusão, novas oportunidades de empregos estavam disponíveis no país, porém, a mão de obra qualificada era insuficiente para suprir a demanda do mercado.

Eis que de repente, não mais que de repente, ouço ao longe uma voz estridente que dizia: Acorda! Acorda! Já está na hora de acordar. Foi então que despertei-me. Desta vez eu realmente estava em minha cama. Ufa, era apenas um sonho! Ainda estava em Novembro de 2009. Não sei ao certo se concretizei meu objetivo de obter uma boa noite de sono. Mas tudo o que sei, é que até hoje continuo refletindo sobre aquelas informações.

Penso que sem dúvidas, até 2016 o Rio de Janeiro galgará inúmeras melhorias, se consolidados os planos das esferas políticas brasileiras. E vale ressaltar que o governo tem pela frente o desafio de oferecer reais condições para a Cidade Maravilhosa sediar os jogos Olímpicos, além de disponibilizar uma educação mais qualificada para todos. Afinal, a construção do futuro começa agora.

E como será o amanhã? Bem, responda quem puder!

Um comentário:

  1. pois eh neh juju!!! e toda euforia de um povo q acredita em um evento de apenas um mes. tudo tem o seu preço neh?! espero que a cidade maravilhosa nao seja apesas um purgatorio de caos, pois sim, continue um sinonimo de beleza para o mundo...
    "a cigana leu o meu destiiinoo... eu sonhei!!!"

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